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Fundação da Congregação

Written By Irmãs de Jesus Misericordioso on quarta-feira, 9 de setembro de 2009 | 18:51:00

RECORDAÇÕES
No original com a assinatura:Bialystok (Polônia), 27.01.1948.
/-/ Pe. Miguel Sopocko confessor de Irmã Faustina
MINHAS RECORDAÇÕES SOBRE A FALECIDA IRMÃ FAUSTINA

Ainda em Vilna a Irmã Faustina me contava que se sentia impelida a sair da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia com o objetivo de fundar uma nova congregação religiosa. Eu reconheci nisso uma tentação e aconselhei que ela não levasse isso a sério. Depois, nas cartas de Cracóvia, ela sempre escrevia dessa pressão e finalmente obteve a autorização do seu novo confessor e da Superiora Geral para deixar a sua Congregação, com a condição de que eu concordasse com isso. Eu receava assumir a responsabilidade por isso e respondi que concordaria somente se o confessor de Cracóvia e a Superiora Geral não apenas permitissem, mas ordenassem que ela se afastasse. Irmã Faustina não obteve uma ordem desse tipo. Por isso tranqüilizou-se e permaneceu em sua Congregação até a morte.

Eu a visitei no decorrer da semana e entre outras coisas conversei a respeito dessa Congregação que ela queria fundar, e agora estava à morte, assinalando que isso certamente havia sido uma ilusão, da mesma forma que talvez tivessem sido uma ilusão todas as outras coisas a respeito de que ela falara. Irmã Faustina prometeu conversar a esse respeito com Jesus Cristo em oração. No dia seguinte celebrei uma missa na intenção de Irmã Faustina, durante a qual tive a idéia de que, da mesma forma que ela não havia sido capaz de pintar essa imagem, tendo apenas fornecido as informações, também não seria capaz de fundar uma nova congregação, mas apenas de fornecer para isso as indicações básicas; e essas pressões significavam que nos tempos terríveis que se aproximavam haveria a necessidade dessa nova Congregação.
A seguir, quando cheguei ao hospital e perguntei se tinha algo a dizer a respeito desse assunto, ela respondeu que não precisava dizer nada, porque durante a missa Jesus Cristo já me havia iluminado. Em seguida acrescentou que eu devia principalmente preocupar-me com a festa da Divina Misericórdia no primeiro domingo depois da Páscoa; que com a nova Congregação eu não devia preocupar-me muito; que através de certos sinais eu saberia o que devia ser feito a esse respeito e por quem; que no sermão que naquele dia eu havia pronunciado pelo rádio não tinha havido uma intenção pura (e realmente assim foi) – e que nessa questão eu devia empenhar-me principalmente por ela; e que estava vendo que numa pequena capela de madeira, à noite, eu estava aceitando os votos das primeiras seis candidatas a essa Congregação; que ela morreria depressa; que tudo que tinha para dizer e escrever já havia feito. Ainda antes disso ela me descreveu a aparência da igrejinha e da casa da primeira Congregação, lamentando o destino da Polônia, que ela muito amava e pela qual muitas vezes rezava.

Seguindo o conselho de S. João da Cruz, quase sempre eu tratava os relatos de Irmã Faustina com indiferença e não indagava a respeito de detalhes. Nesse caso também não perguntei que destino era esse que estava à espera da Polônia e que a deixava tão magoada. E ela mesma não me disse isso, mas, suspirando, cobriu o rosto diante do horror da imagem que provavelmente então estava vendo.

Quase tudo que ela predisse a respeito dessa Congregação cumpriu-se nos mínimos detalhes. No dia 10 de novembro de 1944, quando em Vilna eu estava aceitando à noite os votos particulares das primeiras seis candidatas na capela de madeira das Irmãs Carmelitas, ou quando três anos mais tarde eu fui à primeira casa dessa Congregação em Myslibórz, eu me sentia assombrado com a impressionante semelhança com tudo que havia dito a falecida Irmã Faustina. Ele predisse também, com muitos detalhes, as dificuldades e até as perseguições com que eu me defrontaria por motivo da difusão do culto da Misericórdia Divina e dos meus empenhos pela instituição da Festa com esse nome no Domingo da Pascoela.

(Foi mais fácil suportar tudo isso com a convicção de que desde o início essa havia sido a vontade divina em toda essa questão.)

Ela me predisse a sua morte para o dia 26 de setembro, dizendo que morreria dentro de dez dias, e faleceu no dia 5 de outubro. Por falta de tempo, não pude participar do seu sepultamento.
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